19/02/2017

padrão/paradigma

padrão = modelo, paradigma.                                      Mário Cesariny, Naniôra, Uma e Duas, 1960, Centro Aarte Moderna Azeredo Perdigão, Fundação Calouste Gulbenkian


O paradigma humano é dos mais difíceis de entender. Porém, há um conjunto de sinais que se repete, que se constrói, que vêm a delinear e a desenhar um rosto.
Nem sempre queremos ver o rosto que sai do papel, embora, o tenhamos presente, não o queremos ver. Os olhos traem a nossa mente.
Do esboço, no entanto, sai um rosto real que nos observa, que nos trai, que nos interpela de diferentes maneiras, que nos distrai, que nos confunde e que no final fica só.
Há o fio umbilical ligado a si próprio, tal narciso, nem da posição fetal se recorda. 
Há um princípio e um fim mas a realidade fica à margem deste ciclo e acaba... mal.

ana


13 comentários:

  1. O texto está excelente, ana.
    Sobressai num post todo ele de excelência.
    Beijinhos, boa semana.

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  2. Parabéns pela foto de uma pintura bizarra
    de interpretação complicada...
    Padrões de comportamento humano são muito
    mutáveis, circunscritos e generalizados...
    Gostei da leitura e da reflexão...
    Faz bem em preservar o habitual bom gosto.
    ~~~ Beijinhos, Ana ~~~

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    1. Obrigada, Majo.
      Mário Cesariny nem sempre é de fácil leitura.
      Ele alimentou o meu estado de espírito.
      Beijinho. :))

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  3. Gostei um imenso da música mas o texto, talvez com propósito, é estranho. Cesariny é como é, um artista com marca.

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    1. Cesariny,
      Era um homem estranho, daí a sua singularidade.
      Bom Carnaval.:))

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  4. Nada do comportamento humano é simples. E o 'conhece-te a ti próprio' exige vontade...
    Beijinhos

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    1. Pois é. É uma pena que as respostas não sejam mais claras e simples.:))
      Beijinhos.:))

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  5. Gostei de tudo, mas sobretudo do teu texto.
    Continuas imparável!
    Quando se ouve e escreve a voz do coração...é assim...
    beijinho

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    1. Talvez Graça.
      Gostava que fosse diferente.:))
      Beijinho.

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  6. Já por aqui passei duas vezes. Agora, vai ser

    "Há um princípio é um fim"...
    Mas como saber-se de si?
    (cada um)
    Se nem recordar-me sei
    da posição inicial fetal
    a cada noite que durmo assim
    na inconsciência dos lençóis
    No entremeio durmo como sei

    Gostei de tudo, isto.

    Bj, Ana.

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  7. Agostinho,
    Gostei sobremaneira do seu poema.
    Beijinho grato.:))

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