30/01/2011

A Inocência...

Hoje ouvi uma frase que retive:

"A inocência é uma coisa tão bela".
É verdade, é uma pena todos perdermos a inocência à medida que crescemos!

29/01/2011

Reminiscências da luta diária...

Joanna Chrobak nasceu em 1968 em Poznan, na Polónia. Realizou os estudos de pintura na Academy of Fine Arts entre 1989-1994. Gostei muito desta tela sem título à qual eu pus o nome de - O Cavaleiro do Bem.
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Reminiscências da luta diária ou a batalha dos dias!
A espada pesa mas o espírito tem que se enlevar.
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Joanna Chrobak, sem título, 2009-2010
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Óleo sobre tela, 100 x 120 cm

Wagner - Parsifal Act I Prelude_1

28/01/2011

Jackson Pollock!

Em Pollock a cor e os traços são aparentemente simples como se fossem realizados por uma criança. Todavia, a cor no espaço de grandes dimensões é de uma complexidade construtiva que só ele conseguiu.
Jackson Pollock nasceu a 28 de janeiro de 1912 em Cody, Wyoming e faleceu em 1956. Lembrei-me de associar esta tela à ária: A Rainha da Noite, da Flauta Mágica, de Mozart.
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Jackson Pollock

There was speculation that recent hot weather might
be to blame
for the blue boards warping in spots, the swirls
chipping. The reds a bit faded.
Sunlight flinching across the long floorboards at fragmented
angles.
The barndoor always unlatched, most times wide open.
It could have been a time of timelessness.
It could have been 1953, (...)
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Jackson Pollock, The Moon-Woman, 1942
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Oil on canvas, 69 x 43 in; Peggy Guggenheim Collection, Venice


Wolfgang Amadeus Mozart, "The Magic Flute" Queen of Night Dorothea Röschmann as Pamina conducted minseok Kang

26/01/2011

Inês de Castro - Cari Giorni (Giuseppe Persiani)

Mosteiro de Alcobaça, D. Inês de Castro


Ontem tentei colocar este vídeo como vinheta mas não consegui porque não sei como proceder. A música ligava bem com a visita à Quinta das Lágrimas. Aqui fica hoje. Se alguém souber as diligências a seguir, agradece-se o ensinamento! :)

PEDRO LEMBRANDO INÊS

Em que pensar, agora, senão em ti? Tu, que
me esvaziaste de coisas incertas, e trouxeste a
manhã da minha noite. É verdade que te podia
Dizer “ Como é mais fácil deixar que as coisas
não mudem, sermos o que sempre fomos, mudarmos
apenas dentro de nós próprios?” Mas ensinaste-me
a sermos dois; e a ser contigo aquilo que sou,
até sermos um apenas no amor que nos une,
contra a solidão que nos divide. Mas é isto o amor,
ver-te mesmo quando te não vejo, ouvir a tua
voz que abre as fontes de todos os rios, mesmo
ele que mal corria quando por ele passámos,
subindo a margem em que descobri o sentido
de irmos contra o tempo, para ganhar o tempo
que o tempo nos rouba. Como gosto, meu amor,
de chegar antes de ti para te ver chegar: com
a surpresa dos teus cabelos, e o teu rosto de água
fresca que eu bebo, com esta sede que não passa. Tu:
a primavera luminosa da minha expectativa,
a mais certa certeza de que gosto de ti, como
gostas de mim, até ao fim do mundo que me deste.

Poema de Nuno Júdice, Pedro Lembrando Inês, Lisboa: D. Quixote, 2009, p.40

Bailado Pedro e Inês

24/01/2011

O dia em três actos: o "Nevoeiro", a Quinta das Lágrimas, "Outra vida".

O dia: I


O dia nasceu com sol. À minha espera estava a "Mensagem" em fac-simile, uma edição da Babel para a FNAC. Estranhei só a frase: " Edição clonada da original da Biblioteca Nacional". A edição é bela: a escrita à máquina, as notas a lápis de Fernando Pessoa, a paginação e o índice, tudo francamente delicioso. Mais, pensarmos que temos na mão, mesmo não sendo verdadeiro, o escrito que Fernando Pessoa entregou "nas officinas da Editorial Império", é insuperável.



Dele escolhi o capítulo:



III Os tempos





Quinto





Nevoeiro





Nem rei nem lei, nem paz nem guerra


Define com perfil e ser


Este fulgor baço de terra


Que é Portugal a entristecer -


brilho sem luz e sem arder,


Como o que o fogo-fatuo encerra.





Ninguém sabe que coisa quer.


Ninguém conhece que alma tem,


Nem o que é mal nem o que é bem.





(Que ancia distante perto chora?)




Tudo é incerto e derradeiro.


Tudo é disperso, nada é inteiro.


Ó Portugal, hoje és nevoeiro...





É a hora!








Valete, Fratres.





Fernando Pessoa, Mensagem 'Original' (escrito a dourado na lombada do livro cinzento), Lisboa: Editorial Império, 1934, (parceria António Maria Pereira), p. 96.






O dia: II


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Passeio à Quinta das Lágrimas para um jantar com Pedro e Inês que Fernando Pessoa não contemplou na Mensagem. Este local é para mim um lugar idílico, perto do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, com um jardim belíssimo, passamos o portão e vislumbramos um tempo fora do tempo.


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Quinta das Lágrimas, próximo da Fonte dos Amores


O dia: III



Reflexão sobre o filme de Clint Eastwood.



Estranho, perturbador e com uma narrativa errada, sob o meu ponto de vista. Clint Eastwood revela o encontro com a morte, o outro lado da vida e o regresso. Faltou um climax, pelo menos senti isso. O que existirá depois?
Sobretudo, fez-me lembrar de um livro que li há uns anitos, quando saiu, de José Cardoso Pires, De Profundis, ou Valsa Lenta!



Matt Damon fez um papel excelente, comme d'habitude!




23/01/2011

Agradecimento a MJ Falcão pelo "Sunshine award". Retribuo com um quadro e pensamento de Manet!

Recebi hoje este presente luminoso do blog O Falcão de Jade (http://falcaodejade.blogspot.com/)

Cabe-me partilhá-lo agora: re-oferecer o award a 12 blogues de que goste, passar o sunshine a cada um dos blogs e avisar o bloguista premiado...
Embora seja difícil, corro o risco de repetir escolhas, mas não faz mal. A ordenação aparece alfabeticamente.

Todos eles transmitem, cada um à sua maneira, a sensibilidade para as artes, a literatura, a música, a fotografia, o cinema, a política, ou pura e simplesmente os seus pensamentos. Todos contribuem para cultivar o (In)Cultura com a partilha. A todos o meu agradecimento.

http://aarteemportugal.blogspot.com/
http://ac-wwwinterioridade.blogspot.com/
http://aduplavi dadev.blogspot.com/
http://blocodenotas-la.blogspot.com/
http://bibliofiliaentreparentesis.blogspot.com/
http://etnografiacircunstancia.blogspot.com/
http://linguagemdospassaros.blogspot.com/
http://mararavel.blogspot.com/
http://memoriasimagens.blogspot.com/
http://oguizoeogato.blogspot.com/
http://presepiocomvistaparaocanal.blogspot.com/

Para o Falcão de Jade ofereço um quadro de Edouard Manet que nasceu a 23 de Janeiro de 1832.

A arte deve ser a nossa procura diária, para a partir da beleza podermos alcançar a harmonia!

Édouard Manet, Pequeno Almoço no Estúdio,1868
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Pinacoteca de Munique, Alemanha

"Qui donc a dit que le dessin est l'écriture de la forme ? La vérité est que l'art doit être l'écriture de la vie".

Édouard Manet, retirado daqui

"... faltava o mar" - A. H. Oliveira Marques

Não conheci pessoalmente o Professor Doutor A. H. Oliveira Marques, somente o conheci através dos livros que li na adolescência e não só.
A vertente pessoal e humana não conheci e não posso saber como se traduzia a sua sensibilidade. Contudo, na homenagem feita pela Biblioteca Nacional em 2007, encontrei, nestas suas palavras, o homem para além do Historiador.
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1933-2007

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhudIK5tFEYdh_H2xR9y2sg6zm_iwzKyGjKm37oEgV_t6wWTCxOKs3NP2QRWk1btXTFqm9cmxg9Elc_vwhjSPTNiRaYnuPcykZHxvj_GwEDorXHWP8MuLLYQUDXdIOpv4OjsX2W-2J1wrGW/s1600-h/Oliveira+Marques.jpg

«A um português nascido nas arribas, faltava mar. Só vi uns bocadinhos e por pouco tempo, no Norte, entre Bremen e Greifswald. Em Travemünde, perto de Lübeck, desejoso de o ver, enganei-me no caminho e dirigi-me para sul em vez de para o norte. À vista de Rügen passei horas sentado num banco. Mas era um mar que não se parecia nada com o mar português. Faltavam também gatos, não dos recolhidos e bem tratados em casa, mas dos bravios, acompanhando-nos e acordando-nos com os seus cânticos de cio. E faltava sobretudo luz, desta que, até em Portugal, só se colhe a sul de Rio Maior. »

A. H. Oliveira Marques

22/01/2011

Saudade do futuro

Marcello Mastroianni, foto retirada da net


Saudade do futuro

Quando somos rapazes, as terras que não conhecemos, e que tanto fantasiamos, parecem-nos cada vez mais belas e misteriosas, inclusivamente mais reais que as cidades onde vivemos. Talvez o fascínio tão profundo de viajar fique para sempre ligado a esta perspectiva fantástica que torna os lugares longínquos ao mesmo tempo misteriosos e mais reais do que os que temos à frente dos olhos.
Segundo Proust, « os paraísos melhores são os paraísos perdidos»

Marcello Mastroianni, Eu lembro-me, sim, bem me lembro, Lisboa: Teorema, 1997, p. 13

Pavarotti - Torna a Surriento!

21/01/2011

"Um vento glacial sopra"

Chagall le chat et les 2 moineaux de La fontaine



Um vento glacial sopra
Os olhos dos gatos
pestanejam

Matsuo Bashô, in O gosto solidário do Orvalho seguido de O Caminho Estreito, Diário 2011 da Assírio & Alvim

19/01/2011

A Flor do Sol

Às vezes queremos que o sol nos aqueça e nos ilumine mas ele teima em adormecer... Talvez esta flor traga um pouco de sol!
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Mário Cesariny, detalhe "Naniôra"- Uma e duas, 1960
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Têmpera e Verniz sobre Platex, Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian
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Há ainda outra árvores de natureza mui singular, chamada irudemaus, que em sua língua significa flor do sol, porque as suas flores não abrem nem aparecem nunca senão ao nascer do sol, e caem quando ele se põe; o que é o contrário da árvore triste. É a mais excelente flor, lança melhor cheiro que todas as outras; e da qual fazem ordinariamente uso o rei e as rainhas.

Viagem de Francisco Pyrard de Laval: TRADUÇÃO E DESCRIÇÃO DOS ANIMAIS, ÁRVORES E FRUTOS DAS ÍNDIAS ORIENTAIS

in, Al Berto, CARTA DA FLOR DO SOL (A MEU AMIGO) retirado daqui

Nightwish - Sleeping Sun

Fiz alguns progressos.

Homenagem a Cézanne:
Fiz alguns progressos. Porquê tão tarde e penosamente?
Seria a arte, de facto, um sacerdócio que exige dos puros
que lhe pertençam inteiramente?
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Carta de Cézanne a Vollard, 9 de Janeiro de 1903
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Frank Elgar, Paul Cézanne, Lisboa: Editorial Verbo, 1987, p.211
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Paul Cézanne, Pierrot and Harlequin, 1888.
Oil on canvas. The Pushkin Museum of Fine Art, Moscow, Russia

Leoncavallo, Pagliacci, Canio Luciano, Pavarotti, Teresa Stratas as Nedda, Juan Pons as Tonio, 1994

17/01/2011

o céu despe-se de estrelas!

Detalhe de uma fotografia retirada daqui.
A morte esvai-se como uma bola de sabão...
A morte é um acto solitário.

Mas, há homens que morrem na solidão do esquecimento, nas pedras gélidas da calçada, em ruas estreitas e negras, onde o céu se despe de estrelas!
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Depois de ter lido um artigo no blogue Sobre o Risco.

O horizonte em Marvão e o meu agradecimento!

Trago Marvão no coração porque durante um ano foi a minha sala, a minha janela, o meu templo. A minha amiga MJ Falcão ofereceu-me umas belas fotografias que guardei na arca das memórias. Das fotografias que me ofereceu vou expor esta como agradecimento.
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Fotografia de MJ Falcão, à qual intitulei "O horizonte em Marvão"



M A R V Ã O

No topo do penhasco empoleirada,
Da terra lusitana guardiã,
Emerges do passado, inconquistada,
Disposta a conquistar um amanhã.

Conservas nas muralhas a memória
Que faz, do teu passado, teu presente,
E rasgos da coragem e da glória
Que deu nobreza e honra à tua gente.

Ecoam-te nas pedras das calçadas,
Os sonhos, que restaram como herança
Do tempo em que era grande esta Nação.

E nelas, ao viver de poucos nadas,
Adornas o mistério da pujança,
Que um dia se verá em ti, Marvão.

Vítor Cintra, in Horizontes

Para MJ Falcão com mil obrigadas!

"Il dolce suono"da ópera "Lucia di Lammermoor", de Donizetti, cantada pela soprano albanesa Inva Mula.

16/01/2011

A ração do céu

Será que todos temos direito a um céu?
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Hieronymus Bosch, detalhe do Jardim das Delícias Terrenas, 1504

Óleo sobre madeira, 220 × 195 cm, Museu do Prado, Madrid

Uma fábula poética e satírica onde o escritor "vem dizer que a guerra é o prolongamento da fome por outros meios, designadamente o da abundância". (Nota dos editores).

A ração do céu
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Tinham-lhe dito que todas as terras tinham de ter um céu, senão não seriam terras, porque as terras sem céu sempre o vento as levou em busca do que lhes faltava e sem o qual caíam num desfiladeiro sem fim, nem fundo. (...)
Tinham lhe dito que esse céu se distinguia do céu porque, quando queria era verde, e que, se o quisessem prender numa rede, se transformava em peixe, que era como uma ave, mas com asas muito pequenas, debaixo dos olhos, junto do bico e toda coberta de unhas sobrepostas e brilhantes.

Artur Portela (filho), A ração do céu, Lisboa: Editorial Notícias, 2001, p.14.

Lisa Markley sings and J. Paul Slavens plays piano

15/01/2011

Sombras ou o fascínio da luz?

Sombras ou o fascínio da luz?

... As sombras por vezes são sonhos!



Emile Friant, (Cast Shadows) Criar Sombras, tradução minha, 1891


Óleo sobre tela, Museu d'Orsay, Paris


De palavra em palavra
a noite sobe
aos ramos mais altos

e canta
o êxtase do dia.


Eugénio de Andrade

13/01/2011

Uma flor, um abraço para o Rio de Janeiro!

Uma Flor, um abraço para todos os brasileiros em especial para os do Rio de Janeiro!
x
Chagall, Pormenor do tecto da Ópera de Paris, Palácio Garnier, sala vermelha
x

Lacrimosa
Lacrimosa dies illa
Qua resurget ex favilla
Judicandus homo reus.

Huic ergo parce, Deus
Pie Jesu Domine
Dona eis requiem, Amen.
Mozart, Lacrimosa


"A Arte evoca o mistério..."

O espelho e o retrato de JPD levaram-me até esta magnífica tela de Magritte.
x
"A Arte evoca o mistério, sem a qual o mundo não existiria." René Magritte
(retirado da internet)
x
O rosto, de lado, de frente para a máquina ou para o espelho surge aqui sem reflexo. O que se pretende ver?
O que é e o que não é!
O pássaro é a imagem do que verdadeiramente é sem cortes, sem sonhos, o seu perfil egípcio assemelha-se a Hórus. A alma, essa o espelho não capta. O verdadeiro triunfo do homem:
a alma não se vê nem se alcança!
x
Rene Magritte, Luce polare, 1927

Collezione Ponti Loren, Roma

Anton Walgrave - Lost Soul

12/01/2011

All Alright

O cansaço levou-me até Orfeu e Sigur Ross
x
Károly Ferenczy, Orfeu, 1894
( imagem retirada da wikimedia commons)

(...)
maybe this time tomorrow
or it may be today
It is now alright
Now it's better
Now we'll know
Now you'll know what I have done.

(...)


11/01/2011

A beleza é um oceano

A serenidade que o pintor Archibald Motley, afro-americano, transmitiu neste retrato fez-me pensar como é bom olhar para o infinto!

A BELEZA É UM OCEANO

A beleza é um oceano
Aonde o olhar se perde
E regressa
Transfigurado

Alberto de Lacerda, in Horizonte

Archibald Motley
, The Octoroon Girl, 1925.

Bjork, It's oh so Quiet! (cover)

09/01/2011

...num pequeno lago.

Caiu uma pérola
no meu regaço
e desfez-se num pequeno lago.
x Obrigada amiga.
Nick Kave, To Be By Your Sides

nobody told the flowers to come up ...

Ikkyu Sojun (1391-1481) era um mestre Zen do século XV. Os haiku que escreve são de uma beleza e simplicidade tocante.
x
nobody told the flowers to come up nobody
will ask them to leave when spring's gone

Ikkyu Sojun, Crow with No Mouth, Copper Canyon Press, 1989, p.25
x
Paul Cezanne, Flowers in a Vase, 1885

(colecção privada)

Detalhe, a flor caída na mesa.

Pete Seeger Where Have All The Flowers Gone

08/01/2011

o nada...

Rio Mandovi, Pangim, Goa


Almejar o nada.
Olhar o céu
e mergulhar entre as cores...

***

Placido Domingo, Tosca, 3º Acto - E lucevan le stelle de Giacomo Puccini

07/01/2011

Paisagem de Inverno!

Repousar a vista no Inverno de Cézanne para esquecer os dias de chuva cinzentos.
x
Paul Cézanne, Paisagem de Inverno
x
Óleo sobre tela, colecção particular


Charlotte Gainsbourg (filha de Jane Birkin e de Serge Gainsbourg)
Just Like a Woman cover de Bob Dylan

06/01/2011

As janeiras e os Reis

No local onde vivi a minha infância era costume no dia de Reis cantarem-se as Janeiras. Bom dia de Reis!

Presépio exposto na Casa da Cultura, Coimbra

Zeca Afonso, O Natal dos Simples

05/01/2011

Malangatana um registo

Escolhi esta tela para homenagear o pintor que faleceu hoje. Julgo que este nu teve muita importância na sua vida .
x
Malangatana, (1936-2011), Nu com Crucifixo, 1960

O som musical tem um acesso directo à alma.

Wassily Kandinsky, The Singer, 1903. Colored woodcut, three blocks in secondstate. 19.5 x 14.5 cm. Städtische Galerie im Lenbachhaus, Munich, Germany
x
O homem que não possui a música em si mesmo,
Aquele a quem não emociona a suave harmonia dos sons,
Está maduro para a traição, o roubo, a perfídia,
Sua inteligência é morna como a noite,
Suas aspirações sombrias como o Erebo.
Desconfia de tal homem, escuta a música.

Shakespeare, in *

x
O som musical tem um acesso directo à alma. E nela encontra a sua ressonância, porque o homem possui «a música em si mesmo».
O poema de Shakespeare (...) testemunha a afinidade profunda das artes em geral, e da música e da pintura em particular.
s
* Wassily Kandinsky, Do Espiritual na Arte, Lisboa: D. Quixote, 2010, (8ª ed.) p. 63

Marlene Dietrich: Where Have All The Flowers Gone?

04/01/2011

Bonnie and Clyde - Gainsbourg e BB

Um presente que recebi. Embora goste de Gainsbourg e de Bardot desconhecia esta canção de Bonnie and Clyde. * Obrigada.
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Bonnie Parker Y Clyde Barrow interpretado por Brigitte Bardot y Serge Gainsbourg



*Esta versão visual do vídeo é melhor mas não se deixa incorporar.
http://www.youtube.com/watch?v=QKfBJMIANsM

Bonnie And Clyde :

Vous avez lu l'histoire
De Jesse James
Comment il vécu
Comment il est mort
Ça vous a plus hein
Vous en d'mandez encore
Et bien
Ecoutez l'histoire
De Bonnie and Clyde

Alors voilà
Clyde a une petite amie
Elle est belle et son prénom
C'est Bonnie
A eux deux ils forment
Le gang Barrow
Leurs noms
Bonnie Parker et Clyde Barrow

Bonnie and Clyde
Bonnie and Clyde

Moi lorsque j'ai connu Clyde
Autrefois
C'était un gars loyal
Honnête et droit
Il faut croire
Que c'est la société
Qui m'a définitivement abîmé

Bonnie and Clyde
Bonnie and Clyde

Qu'est-c' qu'on a pas écrit
Sur elle et moi
On prétend que nous tuons
De sang-froid
C'est pas drôl'
Mais on est bien obligé
De fair' tair'
Celui qui se met à gueuler

Bonnie and Clyde
Bonnie and Clyde

Chaqu'fois qu'un polic'man
Se fait buter
Qu'un garage ou qu'un' banque
Se fait braquer
Pour la polic'
Ça ne fait d'myster
C'est signé Clyde Barrow
Bonnie Parker

Bonnie and Clyde
Bonnie and Clyde

Maint'nant chaqu'fois
Qu'on essaie d'se ranger
De s'installer tranquill's
Dans un meublé
Dans les trois jours
Voilà le tac tac tac
Des mitaillett's
Qui revienn't à l'attaqu'

Bonnie and Clyde
Bonnie and Clyde

Un de ces quatr'
Nous tomberons ensemble
Moi j'm'n fous
C'est pour Bonnie que je tremble
Quelle importanc'
Qu'ils me fassent la peau
Moi Bonnie
Je tremble pour Clyde Barrow

Bonnie and Clyde
Bonnie and Clyde

D'tout'facon
Ils n'pouvaient plus s'en sortir
La seule solution
C'était mourir
Mais plus d'un les a suivis
En enfer
Quand sont morts
Barrow et Bonnie Parker

Bonnie and Clyde
Bonnie and Clyde
Vous avez lu l'histoire
De Jesse James
Comment il vécu
Comment il est mort
Ça vous a plus hein
Vous en d'mandez encore
Et bien
Ecoutez l'histoire
De Bonnie and Clyde

Alors voilà
Clyde a une petite amie
Elle est belle et son prénom
C'est Bonnie
A eux deux ils forment
Le gang Barrow
Leurs noms
Bonnie Parker et Clyde Barrow

Bonnie and Clyde
Bonnie and Clyde

Moi lorsque j'ai connu Clyde
Autrefois
C'était un gars loyal
Honnête et droit
Il faut croire
Que c'est la société
Qui m'a définitivement abîmé

Bonnie and Clyde
Bonnie and Clyde

Qu'est-c' qu'on a pas écrit
Sur elle et moi
On prétend que nous tuons
De sang-froid
C'est pas drôl'
Mais on est bien obligé
De fair' tair'
Celui qui se met à gueuler

Bonnie and Clyde
Bonnie and Clyde

Chaqu'fois qu'un polic'man
Se fait buter
Qu'un garage ou qu'un' banque
Se fait braquer
Pour la polic'
Ça ne fait d'myster
C'est signé Clyde Barrow
Bonnie Parker

Bonnie and Clyde
Bonnie and Clyde

Maint'nant chaqu'fois
Qu'on essaie d'se ranger
De s'installer tranquill's
Dans un meublé
Dans les trois jours
Voilà le tac tac tac
Des mitaillett's
Qui revienn't à l'attaqu'

Bonnie and Clyde
Bonnie and Clyde

Un de ces quatr'
Nous tomberons ensemble
Moi j'm'n fous
C'est pour Bonnie que je tremble
Quelle importanc'
Qu'ils me fassent la peau
Moi Bonnie
Je tremble pour Clyde Barrow

Bonnie and Clyde
Bonnie and Clyde

D'tout'facon
Ils n'pouvaient plus s'en sortir
La seule solution
C'était mourir
Mais plus d'un les a suivis
En enfer
Quand sont morts
Barrow et Bonnie Parker

Bonnie and Clyde
Bonnie and Clyde

03/01/2011

Eterno

Picasso, Woman Flower (Fraçoise), 1946

Oil on canvas 146 x89 cm, Private Collection

ETERNO

Entre uma flor colhida e outra ofertada
o inexprimível nada

Tra un fiore colto e l'altro donato
l'inesprimibile nulla

Giuseppe Ungaretti

Giuseppe Ungaretti foi um poeta italiano, nasceu em Alexandria, no Egipto, em 1888 e morreu em Milão em 1970.

02/01/2011

Four-leaf clovers

Northwest poet and writer Ella Higginson (1861-1940) was born Ella Rhoads in Council Grove, Kansas. Higginson was actively involved in community and civic affairs. She helped establish Bellingham’s first public reading room and library.

Ella Higginson

Four-leaf clovers

I know a place where the sun is like gold,
And the cherry blooms burst with snow,
And down underneath is the loveliest nook,
Where the four-leaf clovers grow.
One leaf is for HOPE, and one is for FAITH,
And one is for LOVE, you know,
And GOD put another in for LUCK --
If you search, you will find where they grow.
But you must have HOPE, and you must have FAITH,
You must LOVE and be strong -- and so --
If you work, if you wait, you will find the place
Where the four-leaf clovers grow

01/01/2011

Um trevo ambicioso.

Dizem que os trevos de quatro folhas dão sorte. Aqui ficam para todos.

Em cada folha escrevo:
1 - Amor;
2- Sapiência;
3 - Humanidade;
4- Viagens.

E resume-se a isto os meus desejos de entrada no Novo Ano.

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