26/04/2009

Mário Botas: "Histórias do Condado Portucalense"

Gosto imenso desta aguarela de Mário Botas porque ela povoa todos os sonhos que se têm de lugares "longe da multidão", de histórias de princesas e príncipes da infância.
Gosto do lugar que ocupa o sol e dos dois ciprestes do lado direito que abanam com o vento mas estão bem assentes na terra-mãe. Aprecio a melancolia que emana das cores pasteis. Esta aguarela foi pintada 2 anos antes de Mário Botas falecer, já bastante doente.
“Histórias do Condado Portucalense (2)”,
Mário Botas, 1981; Tinta-da-china e aguarela s/papel, Dimensões Desconhecidas
Mário Botas nasceu na Nazaré em 1952 e foi, em 1970, para Lisboa para tirar o curso de medicina. Em 1973 conheceu, na Galeria de S. Mamede, o surrealista Cruzeiro Seixas e, por intermédio dele, o poeta Mário Cesariny e outros pintores, como Paula Rego e Raúl Perez. Mais tarde, apesar de reconhecer a importância que teve para ele o surrealismo, justifica a sua posterior desilusão:
Há precisamente treze anos (1970) lia eu, encantado, Le Pás perdus de André Breton. Seguiram-se-lhe Éluard, Artaud, Prévert, Lautréamont, Rimbaud… durante esse ano e os que lhe seguiram fui lendo e relendo o arsenal surrealista. Por outro lado conheci alguns velhos surrealistas portugueses que me iam demonstrando, através de infindáveis intrigas de salão, que um movimento intelectual tem um tempo e uma dinâmica próprios e inclui no seu interior a autodesintegração, matéria afinal da mais elementar higiene… Querer ressuscitar nos anos 70 um surrealismo em terceiras núpcias é acenar a bandeira da conquista nas ruínas de um castelo”.
Mário Botas faleceu em 1983, com uma leucemia que lhe fora diagnosticada em 1977.
Bibliografia / Catálogos:
Mário Botas – Visões Inquietantes, Lisboa, Quetzal, 1999 (catálogo da exposição retrospectiva organizada pelo Centro Cultural de Belém em 1999).
Mário Botas – O Pintor e o Mito, Lisboa, Sá da Costa, 2002 (edição bilingue em português e castelhano).

22/04/2009

PIERS FACCINI THE TASTE OF TEARS

Esta música assentou-me muito bem. Hoje foi mesmo a melhor coisa que me podia ter acontecido.
Magoei-me...

A Sky Covered with Dust

A Sky Covered with Dust

As evening shadows deepened,
An unknown tired sad face
Passed through
An unfolding tale,
The violent vision
Cut trough me -
Deep down into my veins,
Lost in obscure frenzy of silence,
The moment of consummation
Was still far off.

I was neither a new leaf,
Nor a coming up crop;
I was only a sequence that evening
In the dust laden sky,
On the path of quest;
amidst terrors of hell,
I adorned myself in abandon
With a bleeding heart
And a yearning for grace.

Gard Aalooda Aasman, 1978 in A Sky of Full of Birds, traduzido por Balraj Komal, Nova Deli: Sahithya Akademi, 1992, p.45

07/04/2009

Jarousski

Porque adoro Jarousski
Philippe Jaroussky nasceu a 13 de Fevereiro de 1978 é um contratenor francês com êxito.


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